Uma pesquisa
realizada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no Amapá
(IPHAN/AP), que revelou a importância do Forte Cumáu na história do Brasil,
será apresentada no próximo dia 26 de março, no Seminário “Forte Cumaú:
História, Arqueologia e Comunidade”.
Palco da
complexa luta entre potências europeias ao longo dos séculos XVII e XVIII na
tentativa de conquista da região amazônica, o Forte localizado na foz do
Igarapé da Fortaleza foi fundado por ingleses em 1631. No ano de 1688 foi
destruído pelos portugueses, mas reconstruído posteriormente pelos lusitanos.
Porém, em 1697, o espaço foi tomado pelos franceses e então abandonado,
restando somente suas ruínas.
Apesar de não
indicar ter sido um sítio histórico de demasiada importância em seu tempo –
talvez por sua curta duração quanto por suas pequenas dimensões - registra-se
seu papel na defesa das fronteiras, na garantia da presença portuguesa em
terras brasileiras e no povoamento da região, fazendo parte um sistema de
proteção do território brasileiro na época colonial.
Pela pesquisa
histórica (levantamento bibliográfico e fontes cartográficas, incluindo a cópia
encontrada de uma Planta do Forte de 1765), foi possível confirmar os
remanescentes encontrados no Bairro Igarapé da Fortaleza como sendo os do chamado
Forte Cumaú. Fato este desconhecido até a realização do estudo. Esta
confirmação também pôde ser corroborada pelas escavações arqueológicas que
inclusive revelaram o seu sistema construtivo, conhecido como “taipa de
formigão”.
A pesquisa
demandada pela própria comunidade do bairro teve iniciativa do IPHAN e
coordenação do IEPA (Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológica do Estado
do Amapá). Foram 11 meses de estudos que contou com a participação de uma
equipe de pesquisadores, estudantes e moradores do bairro Igarapé da Fortaleza.
No Seminário
“Forte Cumaú: História, Arqueologia e Comunidade” serão apresentados os
resultados dos quatro eixos de pesquisa: História, Arquitetura, Arqueologia e
Divulgação, contribuindo assim para a difusão do conhecimento e para o
envolvimento da sociedade civil na valorização deste patrimônio histórico e
cultural do Estado do Amapá.
As inscrições
são gratuitas e podem ser feitas com antecedência no endereço Núcleo de
Pesquisa Arqueológica do IEPA, localizado na Av. Feliciano Coelho, 1509.
Informações pelo telefone: 3212 5342 ramal 238.
Veja o Convite [Aqui]
Serviço:
Forte Cumaú: História,
Arqueologia e Comunidade
Data: 26 de Março de 2013, das 14h às 18h.
Local: Auditório Waldomiro Gomes do Museu Sacaca (Av. Feliciano Coelho, 1509)
Confira a Programação:
14h: Abertura Oficial do Evento
Palestra 01: A história do Forte Cumaú – Dr. Augusto de Oliveira (IEPA)
Palestra 02: O Forte Cumaú e sua preservação – Msc. Eloane Cantuária (UNIFAP)
Palestra 03: O tombamento de bens arqueológicos – Sr. Djalma Santiago (IPHAN)
16h: Coffe Break
Palestra 03: Arqueologia do Forte Cumaú – Dr. Fernando Marques (MPEG)
Palestra 04: Memória e patrimônio: De quem é o Forte Cumaú? – Msc. Mariana
Cabral (IEPA)
Debate: Dr. Augusto de Oliveira (IEPA), Dr. Fernando Marques (MPEG), Sr. Djalma
Santiago (IPHAN-AP), Msc. Eloane Cantuária (UNIFAP), Msc. João Darcy de Moura
Saldanha (IEPA).
Fonte: IPHAN / Megalitismo na Foz do Amazonas
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